sexta-feira, 10 de julho de 2009

Médicos da morte...

Por Edson José do Carmo

Já faz um tempo que venho refletindo sobre certas posições adotadas pelos profissionais da saúde - objetivamente os médicos... E, não generalizando, estes vem tomando atitudes totalmente contrárias à ética médica..
É notório ver, em muitos ambientes, as famosas polêmicas da atualidade, que são o aborto e a eutanásia.
A vida humana é, sempre, o mais importante direito a ser defendido, de forma absoluta, desde a sua concepção. Mas, será que é realmente defendido por todos? Vi em algum lugar uma frase assim: "Todos aqueles que já nasceram, defendem a vida", mas, ela poderia ser: "Todos aqueles que já nasceram, DEVEM defender a vida".
Chamando a atenção dos profissionais clínicos, penso: será que tais homens e mulheres, encarregados de defender a vida, realmente a defendem ou a manipulam???

Antes de tudo, analisemos alguns pontos elementares:
- Os Direitos Humanos Fundamentais, em toda e qualquer civilização humana, têm a vida humana como o bem maior de uma sociedade;
Legalizar a prática do aborto, além de imoral, é totalmente contra a dignidade humana. Ora, "os direitos inalienáveis da pessoa deverão ser reconhecidos e respeitados pela sociedade civil e pela autoridade política.os direitos do homem não dependem nem dos indivíduos, nem dos pais, nem mesmo representam uma concessão da sociedade e do Estado. Pertencem à natureza humana e são inerentes à pessoa, em razão do ato criador que lhe deu origem. Entre estes direitos fundamentais deve aplicar-se o direito à vida e à integridade física de todo ser humano, desde a concepção até à morte. Desde o momento em que uma lei positiva priva determinada categoria de seres humanos da proteção que a legislação civil deve conceder-lhes, o Estado acaba por negar a igualdade de todos perante a lei. Quando o Estado não põe a sua força ao serviço dos direitos de todos os cidadãos, em particular dos mais fracos, encontram-se ameaçados os próprios fundamentos dum 'Estado de direito' [...]. Como consequência do respeito e da proteção que devem ser garantidos ao nascituro, desde o momento da sua concepção, a lei deve prever sanções penais apropriadas para toda a violação deliberada dos seus direitos ” (Congregazione per la Dottrina della Fede, Istruzione Donum vitae, III).
- Moralmente todos nós defendemos nossa vida em quaisquer situação que ela possa vir a ter algum dano;
- Hipócrates formulou um juramento de ética médica, para que os profissionais de tal área, defendam com todo afinco a vida humana.

Se a função do médico é de defender a vida humana, não é de sua competência manipulá-la, muito menos uma mãe têm direito de assassinar o seu feto, que é um ser humano - mesmo em formação - que têm de ter seus direitos preservados, e, tampouco de uma família decidir acerca da vida de seu parente.
E o papel dos "médicos da morte" é mais evidente nos casos de eutanásia. Pois, após uma deliberação familiar, o médico desliga os aparelhos e assim o indivíduo vem a morrer. Os argumentos dos favoráveis a tal prática é de que: "é melhor morrer do que sofrer".
Ora! é um argumento totalmente chulo e sem consistência!!
Ao usarmos de analogia outros casos "menores", chegamos à óbvia conclusão que a vida humana SEMPRE deve ser respeitada:
- o médico pode então deixar de receitar um remédio ou um tratamento, que venha a trazer dores (complicações maiores ou o "xarope com gosto ruim") e deixar de tentar defender a vida?? É melhor deixar morrer o indivíduo??? Onde está o papel de DEFENSOR DA VIDA em um clínico???

É mais estranho ainda ver uma família decidindo a morte de seu ente... Ou, a mãe querendo abortar seu próprio filho... Tais atos são de uma categoria inferior à dos animais (que agem por instinto)... Uma gata defende com unhas e dentes a vida de seus filhotinhos, enquanto a mãe humana vêm a rejeitar a vinda ao mundo do seu filho...

Lamentável que tais práticas aconteçam... Mais triste ainda é ver o grito que urge pedindo ao Estado um apoio contra o que é, de própria obrigação, o maior bem (a vida) que este deve defender.